terça-feira, 17 de maio de 2011

Votar é o nosso GR!TO

Amigos
• Compete-me como Presidente da Direcção deste Grupo de Reflexão definir uma espécie de linha programática e de rumo estratégico para os tempos conturbados e intensos que atravessamos. Como já disse varias vezes, não sou um guru politico de poderes mágicos, nem possuo o elixir da sabedoria dos deuses. Porem, aquilo que em Portugal se vive, qualquer cidadão minimamente atento é capaz de analisar e propor soluções. Basta ter os olhos e ouvidos abertos e ser uma pessoa de bom senso e com o sentido crítico vivo para entender o q tem estado mal na gestão da coisa pública e o modo como este pais evoluiria, se estivesse nas nossas mãos, como terra de paz e prosperidade.
• Curiosamente, passada a pente fino a situação micro e macro económica pela troika enviada após o pedido de ajuda financeiro, verificamos que, afinal, a maior parte das medidas dos pacotes de acção propostos já tinham sido enunciadas por nós em textos anteriores do Grito, sem sermos afinal elaborados especialistas em coisas nenhuma. Deu um certo gozo interior verificar isso. Mas como disse, há coisas que bradam aos céus na gestão portuguesa da res publica e os gastos sumptuários com a a própria classe politica são o primeiro dos critérios denunciadores de vicio económico financeiro
• Curiosamente dou por mim reflectindo que os especialistas analisaram os espectros económicos e propuseram soluções. Mas há alguns aspectos a dirimir face aos argumentos apresentados:
• Em primeiro lugar a visão microeconómica esta cheia de falsidades na informação pois há muito q se mente nas contas publicas do Estado. Os técnicos devem ter dado por isso, pois é impossível entre as verbas macro respeitantes a Impostos, massa colectada, ajudas externas, Orçamento Geral de Estado, etc e a aplicação concreta e de pormenor dos encargos e aplicações supostamente executáveis, não tenham encontrado uma diferença maior que o Canal da Mancha.
• Em segundo lugar nem a macro nem a micro economia aqui resolvem problemas da sócio economia. Coisas e detalhes que entroncam no eixo mais axiomático do viver português. Isto é, há costumes impregnados na sociedade portuguesa quem nem com o anunciado controle ao cêntimo, vão escapar à habitual evasão, dispersão e erosão num mais do que sabido culto do laxismo e da mais descarada corrupção. Como provar que não se gastou entre contratante e contratado, se ambos elaboram escritas em como custou tanto e se pagou tanto, mesmo que a realidade factual intestina apontar, como sempre para luvas prebendas e benefícios entre o oculto, o tácito e o descarado, como parece fazer parte dos nossos genes de modelo gestor na pratica corrente?
• Outra coisa que não fica controlável é a utilidade prática dos gastos públicos. Há que definir estratégias de prioridades e de sustentações. Todos estamos fartos de ver estradas e rotundas feitas em locais onde eram absolutamente dispensáveis e que portanto se revelam desnecessárias e inconsequentes, no entanto aprovadas por planos estratégicos de rotas e reconstruções ligadas a um dos universos mais corruptos de aplicação dos dinheiros públicos – as Estradas de Portugal, geridas por esse gestor guru do prejuízo, homem de muitos cargos, tachos e sabedorias - Almerindo Marques.
• Muitos outros domínios configuram em Portugal um polvo instalado. Ele existe, nós estamos fartos de o gritar e sabemos que pode custar-nos caro dize-lo mas o POLVO EXISTE. Esta instalado nas obediências internas, de vários gostos e matizes, mas sobretudo, no bloco central que teima em afundar Portugal e que se prepara para continuar a faze-lo.
• Acho que se devem ler os programas dos Partidos. Todos. Mesmo daqueles em q sabemos q o programa não diz muito sobre o conteúdo programático real. Uma chatice, mas é. Mas, mesmo q não o façam, é um dever do Grito, pelo menos, CONVIDAR-vos todos a votar.
É um direito democrático que esse os políticos ainda não nos conseguiram sonegar e, que, como tal, devemos exercer absolutamente sem lhes perdoar, pois é a nossa pequenina e mínima arma, uma vez em cada 4 anos. Mas é, não obstante, uma arma q eles temem, uma arma de respeito.
• Entendo, nem que seja por uma vez na vida, que - após os últimos exemplos mentecaptos e irresponsáveis de Santanas e as mafiosas vitimizações de um Socrates entre o bicho estratega e a deficiência autista, q houvera q dar voz a nova gente. Não é segredo para ninguém e já aqui aludi varias vezes a esforços e contactos que no limite da razão poderiam significar fusão e frentes comuns pois aglutinariam partidos sem grandes clivagens sensíveis. Em vão - parece ser matriz de carácter em Portugal a pequena propriedade privada sobrepor-se ao interesse colectivo. E uma vez mais, não se vêem plataformas nem frentes unidas dessas pequenas forças; q assim nunca verão um único deputado eleito sequer.
• Propusemos em textos vários alguns dirigidos directamente aos pequenos partidos - sobretudo aos tais q assim, neste quadro de teimosia estratégica nunca terão nem um deputado na vida - q se associassem e superassem diferenças e dogmas doutrinários. Seria pelo menos uma lufada de ar fresco e de caras novas, - supostamente gente virgem de vícios e plena de boa vontade. Tivemos respostas evasivas de uma meia dúzia, inclusive convites para debate q nos cheiraram a assédio, mas união… nada. E ao mesmo tempo, fico com pena.
• Conselhos e estratégias? Amigos como calculam - e eu sei porque confio q este projecto tem esse significado e só vive desse modo - os membros do Grito são gente ABSOLUTAMENTE LIVRE de integrar, militar ou votar nos Partidos q quiserem e dificilmente nos verão aqui a recomendar mais do que o VOTO.
• Isso mesmo, recomendar que votem todos - abstencionistas crónicos, adeptos do nulo ou do voto branco. Infelizes e descrentes. Desiludidos e perplexos. TODOS. Porque o voto é com efeito, a arma q, muito contrariadamente, a partidocracia nos reservou para participar de 4 em 4 anos numa espécie de escolha dos menos maus. A única - há q usa-la portanto.
• Eu sei. Já lá vai o tempo do acreditar nesta gente. A grande esquerda de punho erguido, sempre promitente. As grandes realizações e ordenações do liberalismo. A grande e tutelar Europa da social democracia desenvolvida. Hoje, infelizmente, temos o vómito da classe politica corrupta e despudorada, que já não tem, nem lhe apetece mostrar consciência.
• Ora bem dizia eu q devíamos ler os programas eleitorais. Mesmo os q sabemos prolongarem a mentira. Para q depois, pelo menos, possamos argumentar mais tarde o pouco q se alcançou face aos desiderandos fantasiosos. E confronta-los.
• Como Grupo serio de reflexão politica q procuramos ser, solicito aos companheiros mais sabedores de informática que contribuam para que aqui incluamos link para todos os q obtivermos. Mas mais não avançaremos, q o tempo é curto para tanta demagogia e falsidade. Fica o link e quem quiser debruçar-se fica c todas a possibilidade de estudar as varias propostas em jogo. Dando o devido desconto, claro.
• Desculpem os que acreditam no voto útil e quejandos argumentos mas de Bloco Central já comemos todos o pão que eles nos amassaram! É um risco que tomo, assumindo essa ruptura, mas desejo a todos os que ainda apostam que um Partido se consegue mudar por dentro uma tonelada de paciência e Himalaias de esperança de que esse dia aconteça. Também eu muito gostaria. Mas creio que quem quiser fazer isso, isto é, continuar a alimentar a nomenklatura do grande bloco Central, provavelmente também já há muito q não bebe neste grupo a sua inspiração.
• Ousaria provocar-vos dizendo q existem no espectro politico, à esquerda e a direita, portanto, enfim, a vosso “ gosto”, opções menos conhecidas, que poderão eventualmente não estar eivadas dos venenos habituais da pompa, nepotismo e desejo de protagonismo dos maiores. Há q ler tudo, todos os programas e decidir, digo eu. E procurar o refrescamento e a novidade nem q seja por uma questão de saudável renovação do nosso próprio acreditar. Porque o Grito, esse continuará a ter razão de existir, pelo menos ate q o povo possa ser eleito directamente para o Parlamento.
• Enquanto estes profissionais do jogo partidário se eternizarem por lá, o acto eleitoral significa que os protagonistas são os mesmos e q tudo, ou quase tudo esta por alcançar! Mas que levem connosco, pois então, de 4 em 4 anos. Que todos os eleitos sejam filhos da rua. Da vontade colectiva e não de menos de 50%. Todos às urnas, acho que deve ser o nosso comportamento e o nosso conselho.
• Alem destes caminhos eleitorais há também necessidade de definir caminhos para o próprio Grito. Assim que a legalização final estiver total, formal e definitivamente concluída, coisa q devera acontecer na rentree teremos de dar resposta a vários projectos de informação online e em jornal físico. São motores de propaganda essenciais e existem neste momento Comissões a avançar nesse sentido, tal como o Forum de comunicação interna já confirma e assegura compartilha interna de informação e opinião.
• Devera por essa altura acontecer uma Conferencia de imprensa, em que o Grupo mostre ao País o q eu pretende e explique o que denuncia e o que o indigna. Não queremos nunca ser confundidos com guerrilheiros inconsequentes e já tivemos a s nossas lutas e desilusões com esse tipo de equívocos, aportados por alguns iluminados que felizmente temos sabido limpar com bom senso, equilíbrio e sentido das coisas.
• Reiteramos que somos pela força da palavra e nunca pela palavra de violência. Mas que não estamos decididos a calar o q indigna neste momento todos os portugueses e infelizmente se configura como forma continuada do viver em Portugal.
• O sentido geral da nossa acção é a luta contra a usura do poder politico, da grande e pequena corrupção, da nomeação rotativa e recorrente de incapazes para cargos onde não entram nem os valores do mérito nem da competência. Uma luta plural e sem fronteiras nem tabus que não sejam a incompetência, o nepotismo, o clientelismo, o enriquecimento ilícito, a injustiça fiscal, as derrapagens orçamentais os gastos sumptuosos em tempo de crise, as leis de fome e desemprego e sacrifício para todos…menos a classe dirigente.
• Onde quer que sintamos uma injustiça do poder teremos de ser maiores para podermos intervir e nos convertermos progressivamente num motor de moral e lógica comum que denuncie o evento, a fraude ou a prepotência. Para isso precisamos de gente, de norte a sul e ilhas. Gente disposta a algum incómodo – a ir para a rua gritar as verdades que sabemos. E que muitos sabem também mas tem coragem de dizer.
• Para isso confio muito na nossa própria capacidade de mobilização local por Zonas e nas Comissões por artes e ofícios, chamemos-lhes assim, pois ninguém é omnisciente, e só todos juntos poderemos andar informados e ajudar a denunciar as aventuras dos políticos e seus erros nas diferentes áreas em que os casos acontecem.
• Seremos pois se quisermos a vanguarda desse sentir português por amor a um outro Portugal de qualidade, seriedade e competência, onde seriamos decerto liderados por outros protagonistas bem mais idóneos, e tendo sempre como meta a alcançar a eleição directa de deputados por círculos eleitorais, sem necessidade de estarem integrados em Partidos políticos, mas sim de serem gente honesta sabedora e competente com qualidade para representar o seu distrito independentemente da sua simpatia partidária.
• Neste momento eis o que posso dirigir-vos como meu pensamento politico e projectos para o futuro do Grito. Mas tenho a certeza que em todas as propostas que leio atentamente de amigos de óptima intenção e especial clarividência encontraremos mais caminhos e propostas de intervenção. Gente muito mais dada a analise politica que eu, que sou um Homem da Cultura e das Artes e por elas também me indigno neste pais amordaçado e todos os dias mais inculto. Estamos sempre abertos a ajuda na nossa filosofia política vinda dos companheiros. Nunca esqueçamos que o Grito somos todos nós, e só assim somos plurais e fortes como o sonho que nos conduz.
Abraço-vos com pena do pobre e errático e mal governado país que somos, mas com esperança no Grito que consubstanciamos. E que talvez, com a nossa determinação e consistência, venha ser uma pedra na engrenagem - conducente a caminhos da razão e da consciência.
Porque sempre que eles se esquecerem …nós vamo-los lembrando.

Pedro Barroso